terça-feira, 21 de junho de 2016

Poema

Floris Neususs, 1971.
Saber de cor o silêncio
diamante e/ou espelho
o silêncio além
do branco.

Saber seu peso
seu signo
— habitar sua estrela
impiedosa

Saber seu centro: vazio
esplendor além
da vida
e vida além
da memória.

Saber de cor o silêncio

— e profaná-lo, dissolvê-lo
em palavras

Orides Fontela, in: Alba (1983) / Poesia Reunida. Ed. Cosac Naify

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